O navegador Kaique contou: “tentamos dormir no carro. Hugo dormiu no teto; eu, no capô. Conseguimos descansar 1 hora, no máximo”.
Os problemas da dupla começaram logo após 20 quilômetros, em que a alavanca do câmbio se soltou. Improvisando, eles ainda assim continuaram. “O carro começou a apresentar um problema elétrico: morria e não conseguíamos religá-lo. Toda vez que isso acontecia, tínhamos de descer, colocar a corda, fazer alguém dar um tranco”, continuou Kaique.
“Até que, faltando 90 quilômetros para o fim, em torno das 15h30, o carro apagou de vez. Daí começou a novela, porque acabamos ficando sem rádio, sem comunicação com a equipe.”
Hugo e Kaique disseram que usaram rádio de outros competidores para que sua equipe ficasse sabendo em que quilômetro eles estavam parados. Segundo o navegador, eles também comunicaram o fato ao pessoal de apoio e aos limpadores de trilha. Mas o resgate da equipe só chegou ao local depois das 3 horas da manhã de terça.
“Foi um grande perrengue, porque ficamos esse tempo todo sem informação no meio do nada”, afirmou o navegador.
A dupla foi ajudada por colegas de prova e transeuntes, que deram água e comida (bolacha) a eles. “Sabíamos que a equipe chegaria, mas não o horário. Foi uma agonia, mas deu tudo certo. Foi uma noite para se esquecer”, finalizou Kaique, que retornou à área de box em torno das 9h, praticamente mais de um dia após ter largado.
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